Aumentam ordenações sacerdotais em arquidioceses onde cristãos são perseguidos

padres

“A Igreja cresce em números” e fará mais ordenações sacerdotais do que no ano passado, afirmou Dom Sebastian Shaw, Arcebispo de Lahore (Paquistão), uma arquidiocese onde a minoria cristã é vítima de grupos fundamentalistas muçulmanos.

Em declarações à agência vaticana Fides, o Prelado disse que “este ano celebraremos a ordenação de sete novos padres, que terminaram os estudos de teologia. No ano passado tivemos cinco ordenações; são um sinal de bênção para todos. O Senhor nos doa novas vocações e novos padres e aumenta a fé em nossa comunidade”.

Do mesmo modo, destacou que “durante o Ano da Misericórdia, na Arquidiocese abrimos duas novas paróquias e novas escolas católicas: um sinal da misericórdia de Deus com o seu povo e um sinal de benção para nós. Todos os fiéis agradecem a Deus por estes dons e têm no coração uma nova esperança”, assinala.

Além disso, recordou a grande peregrinação que todos os anos milhares de pessoas fazem ao santuário mariano de Mariamabad, em Lahore, o maior do Paquistão. “Milhares de fiéis, em 8 de setembro, realizam uma grande viagem, inclusive a pé, para chegar ao santuário e implorar graças à Virgem Maria. É uma manifestação de profunda fé”, afirmou. “Chegam peregrinos de todo o país, cristãos e não cristãos”, assinalou.

Entretanto, indicou que os desafios da Igreja local são muitos, pois “os cristãos vivem algumas dificuldades devido à presença de grupos militantes islâmicos”.

“Nossa resposta para neutralizar a violência é comprometer-se sempre mais no diálogo inter-religioso, que aproxima os fiéis de diferentes crenças. Por meio do diálogo entre lideranças religiosas, aprendemos uns dos outros, influenciamos de modo construtivo as pessoas comuns e nos comprometemos juntos para tornar o Paquistão um país melhor”.

O ataque contra a minoria cristã em Lahore que causou o maior número de vítimas ocorreu no domingo de Páscoa de 2016. Naquele ano, em 27 de março, o grupo terrorista talibã Jamaat-ul-Ahrar realizou um atentado suicida em um parque onde os fiéis estavam reunidos e deixou mais de 70 mortos e mais de 250 feridos.

Em um comunicado, o grupo assegurou que “o objetivo eram os cristãos que celebravam a Páscoa” e ameaçou dizendo que “nossos terroristas suicidas continuarão com esses ataques”.

Em abril de 2015, o adolescente de 15 anos Nauman Masih foi queimado vivo por um grupo de jovens muçulmanos que o reconheceram como cristão. Nauman faleceu no hospital depois de ter perdoado seus assassinos.

Em março do mesmo ano, o grupo talibã Jamaat-ul-Ahrar atacou duas igrejas cristãs em Lahore, deixando ao menos 80 feridos e 14 mortos, entre eles Akash Bashir, um jovem salesiano de 19 anos que se lançou contra o atacante para evitar que os fiéis de sua paróquia morressem. A Igreja local busca que Akash seja declarado mártir.

Assim também, em novembro de 2014, uma multidão com cem muçulmanos queimou vivos em Lahore um casal de jovens cristãos acusando-os de ter supostamente queimado algumas páginas do Corão. O homem se chamava Shahzad e tinha 26 anos. Sua esposa Shama tinha 24 anos e estava grávida.

Via ACI

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