Não resistir ao mal com o mal, é um dilêma que nos impõe Jesus no evangelho em Mt 5, 38-45. Como viver isso em mundo marcado pela maldade? Como ser um cristão nesse mundo tão perigoso? O que quer dizer o Cristo que ao mesmo tempo que manda oferecer a outra façe a quem nos bate v39, e que quando lhes batem, em Jo 18, 22-23. Ele simplesmente interpela seus malfeitores com astúcia e mansidão? Jesus nos fala a não resistir ao mal com o mal, mas Jesus nos propõe sim uma forma objetiva de resistência ao mal, o amor: “amai vosso inimigos, fazei bem aos que vos odeiam” v 44. Mas o amor inclui a verdade, o dialogo que se feitos no espirito da verdadeira caridade é uma verdadeira resistência do amor.
Creio que a defesa da integridade física e da dignidade da pessoa humana (minha ou dos outros) são formas de amor aos dons que Deus nos deu. Também a defesa da verdade e dos fracos é uma obrigação ao amor. Porém o amor é manso e por isso a prática dessas resitencias no amor não inclui violencia e agressividade, sendo tantas vezes uma oferta humilde e silenciosa no perdão e na oração. Mas isso só vale para aqueles que sabem colher do sofrimento (no caso o provocado pela maldade) um bem e que realmente confiam que Deus é justo e que Ele conduz a história dos homens. No entanto, essas defesas, as vezes, poderao incluir a ostensividade, uma ação que seria violenta se não fosse motivada pela preservação da integridade de um bem e, em ultima instancia, continua buscando o bem do inimigo.
Um exemplo evangélico é a ostensividade de Jesus ao expulsar os vendilhlões do templo em Mt 21,12-13. Em fim, diante do mal, devemos sempre nos perguntar: qual bem serve de remédio a esse mal? Então é preciso pedir a graça do Espirito Santo porque somente Ele nos dará a resposta e somente nEle seremos capazes de dar essa a resposta aos nosso inimigos…
Andre Luis Botelho de Andrade
Fundador e Moderador da Comunidade Pantokrator