Eu carreguei a Cruz da Jornada Mundial da Juventude!

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Foi com grande alegria que representei os jovens de Campinas ao carregar a cruz da JMJ. Ao tocá-la, lembrei-me das palavras dirigidas aos jovens pelo Papa da nossa juventude, o querido beato (que para mim já é santo) João Paulo II, ao entregar a Cruz: “…eu confio a vocês o sinal deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo! Carreguem-na pelo mundo como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade, e anunciem a todos que somente na morte e ressurreição de Cristo podemos encontrar a salvação e a redenção”.

Foi grande a espera para que a Cruz e o Ícone chegassem até Campinas, grande expectativa e preparativos. Ao nos depararmos com inúmeras coisas a serem feitas, não imaginávamos o quanto a Cruz realizaria em cada lugar que ela passasse. Todos queriam tocá-la, adorá-la, beijá-la como sinal de fé, assumindo um sinal afetivo em cada um; sentimo-nos conquistados pelo amor que ela transmite, pela paz que nos invade ao contemplá-la.

Na organização deste momento estava a juventude toda de Campinas reunida por um só ideal, uma só finalidade: que todos os jovens pudessem se sentir amados ao ver o madeiro pelo qual encontramos a salvação do mundo. Jovens de diferentes carismas, dons e vocações se reuniam em um só coração, com um só sentido e se encontravam no mesmo lugar, no coração da Igreja.

No momento da entrada, quando vi aqueles jovens esperando a Cruz, aplaudindo, chorando e gritando “Emanuel, Emanuel, Emanuel”, foi como se ganhasse forças para erguê-la mais e mais alto, como se entendesse que a mão era minha, mas o coração era de todos os jovens. Humanas são as palavras do santo padre o Papa Bento XVI ao dizer que “…as JMJs são sinal, uma cascata de luz, dão visibilidade à fé, à esperança, à presença de Deus no mundo e criam assim a coragem de ser crente. Com freqüência os crentes sentem-se isolados neste mundo, quase perdidos.” É prazeroso saber que esse isolamento não é vivido sozinho e é nestes momentos que criamos forças para viver por Cristo, com Cristo e em Cristo; mesmo não sendo ainda a JMJ, já sentimos formar-se uma unidade, nosso coração se faz um.

Assim, ao carregar a Cruz sentia que carregava a dor de Cristo, que á a nossa dor: dos jovens que sofrem, que se desesperam, que se perdem perante tudo que o mundo oferece. Cristo sofre com isso, os jovens sofrem com isso, a nossa dor é a Sua dor, e ao carregar a Cruz sentia que queria que a Sua dor fosse a minha dor. Mas Ele sofreu na esperança, porque esperava em Deus, sofreu na certeza de uma ressurreição; e isso é acreditar na juventude, acreditar que a Cruz trouxe para nós a certeza da ressurreição, a certeza de um levantar-se, a certeza de um ardor novo à juventude da Igreja Católica de Campinas, a certeza de um sofrimento que não é em vão. Cristo quis estar entre aqueles que sofriam e hoje Ele também vem para nós que precisamos Dele; vem nos dizer que podemos encontrar a salvação e a redenção, e essa certeza está na Cruz que visitou-nos.

Por fim, além da benção que foi carregar a Cruz de Cristo, do Beato, da JMJ e de todos os jovens, também tive a benção de reafirmar minha vocação, de me dar, me doar pela Igreja, pelos jovens, pelos homens; me consumir pelo Cristo fiel e espalhar o perfume da santidade pelo mundo, na certeza de experimentar o céu na terra.

 

Amanda Marques

Postulante na Comunidade Pantokrator

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2 respostas

  1. A chegada da Cruz na nossa Arquidiocese foi relamente especial, Cristo Vivo e Jovem nos visitou naquele domingo através dos símbolos da JMJ.
    Ver a mesma Cruz que foi entregue ao Beato João Paulo II a mais de 20 anos, e ver a vivacidade, hoje, dos jovens diante dela, nos dá uma certeza: Cristo é vivo, atual e apaixonante!
    Eu tive a grande graça de estar na JMJ em Madrid e numa conversa de ônibus fiz uma experiência única, uma conversa com uma senhora me marcou profundamente e ressou forte dentro do meu coração.
    Ela me disse: “que lindo ver tantos jovens reunidos por causa de Jesus. Vocês trouxeram VIDA para a Europa. Não é a Igreja daqui que está morta, porque ela nunca morrerá, sãos jovens que estão doentes”.
    Daí entendi a nossa missão pós JMJ, levar VIDA aos jovens doentes! Essa é a missão da Cruz de Cristo! Essa é a missão daquele que carrega a Cruz de Cristo! Acho que por isso Deus nos presenteou com uma cruz tão especial, a cruz da JMJ.

  2. Amanda, Linda sua partilha!
    Acredito que pela força da cruz muitos jovens, presentes ou não, foram levantados naquele momento em que a Cruz de Cristo se levantou. Enquanto eu via a cruz sendo levantada me recordei o Evangelho que Jesus nos diz: “quando eu for levantado da terra, atrairei muitos olhares a mim”. Creio que pela força dessa palavra, muitos corações se voltaram para Aquele que é a força e a alegria da Juventude!
    Eu acredito na Juventude que tem como centro o crucificado.
    JOVENS, QUE A ALEGRIA DO SENHOR SEJA NOSSA FORÇA E ANUNCIO!

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