Dê nome aos seus medo e supere-os

A Páscoa é o amor de Cristo ressuscitado que invade nossa pequena vida e a salva, a torna grande, livre, imensa, por obra da sua misericórdia.
medoQuando não percebemos diariamente a gratuidade de Deus, acabamos nos acostumando a que nossa companhia constante no caminho seja o medo.
O cenáculo no qual os discípulos de Jesus ficaram escondidos nos recorda nossa própria vida. Eles tinham medo: “Na tarde do mesmo dia, que era o primeiro da semana, os discípulos tinham fechado as portas do lugar onde se achavam, por medo dos judeus” (João 20, 19). Medo da morte, medo de sofrer a cruz, como o Mestre, medo da dor, medo do abandono. Medo da perseguição e do martírio.
O medo faz parte da vida, da nossa história, do amor que entregamos e recebemos. Caminhamos com medo muitas vezes. Tememos dar e não receber, tememos comprometer-nos demais, tememos perder o que temos hoje.
O medo gruda nos ossos, esconde-se em lugares inesperados, ganha vida quando menos esperamos, surge e nos surpreende. É esse medo de perder, de não possuir, de não alcançar. Medo de deixar de ser como somos, de que os outros nos decepcionem, de ser esquecidos, medo do futuro incerto.
Temos medo dos desafios da vida. Medo do ridículo, do fracasso, do próprio amor. Medo de envelhecer, de perder as faculdades, de ficar doentes. Medo da noite, da escuridão da alma, do frio que congela os ossos. Medo de não poder viver como vivemos agora, ou de não viver como sempre sonhamos, de não ter a vida que havíamos planejado.
Medo do escândalo, do que os outros pensarão ou dirão, da imagem que as pessoas têm de nós. Medo da solidão, da pobreza, dos gritos, da violência.
São medos camuflados na alma, medos não reconhecidos, sem nome. Sim, temos muitos medos. Às vezes, nós lhes damos nomes e isso nos cura, nos liberta, nos faz amadurecer.
Quais são os seus medos? Que nomes eles têm? Dê nome a cada um. E depois ria um pouco deles, desmascare-os, entregue-os a Deus. Porque só assim é possível caminhar.
O medo sempre nos acompanha. De repente, nos assustamos ao perceber que não somos capazes de beber o cálice que devemos beber. Mas faça uma lista dos seus medos. Ao lê-la, talvez eles deixem de assustar tanto você. Há muitos medos, talvez mais do que você imagina.
No entanto, sobre o papel branco, eles perdem a sua força, já não assustam tanto. O ato de entregá-los, colocá-los nas mãos de Deus e de Maria, pode ser libertador.
Nunca deixaremos de ter medos, isso é inevitável, faz parte da nossa limitação humana, do nosso caminhar confiantes em Deus. Somos pessoas sujeitas a esta vida repleta de incertezas.
Mas podemos entregar nosso cálice a Deus e pedir a Maria que o segure ao nosso lado quando sentirmos que não temos mais forças. Entregar nossos medos nos liberta, nos dá paz, mantém o sorriso na alma.
Fonte: Aleteia

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