Maturidade humana: você precisa saber mais sobre o assunto

Em uma lista de coisas que precisamos conhecer, pode ser que a maturidade humana não venha a ocupar as primeiras posições ou sequer faça parte da lista. O ponto central desta reflexão é que, na verdade, amadurecer deveria ser uma meta da nossa vida, assim como aprender inglês, fazer um vestibular ou descobrir uma profissão, mas infelizmente não temos o costume de fazer uma autoanálise sobre o amadurecimento.

Muitas vezes confundimos amadurecimento com idade, no entanto, em uma rápida busca na memória você encontrará jovens agindo de forma madura, e adultos ou até mesmo idosos agindo de forma infantil.

Como se comporta uma pessoa imatura

Quem já conviveu com crianças, em uma grande parte de tempo consegue identificar marcas de imaturidade – comuns à infância –  que podem ser encontradas também nos adultos.

“Ficamos inquietos diante de uma personalidade instável, que parece mexer-se de um lado para o outro como um cata-vento, ao sabor dos seus gostos e conveniências… Dá a impressão de só pensar no seu próprio benefício […] Não tem convicções profundas…”. (D. Rafael Cifuentes)

Na definição acima poderíamos até dizer que estamos falando de uma criança, mas olhando bem pode ser a pessoa que trabalha com você, algum parente, seu marido ou esposa e quem sabe até mesmo você.

Certamente você já presenciou a famosa cena de crianças rolando no chão do supermercado ou em lojas de brinquedo para conquistarem o que querem e você também deve conhecer pessoas adultas que passam mal ao serem contrariadas ou dão chilique quando perdem num jogo de tabuleiro e até mesmo nunca admitem os próprios erros, mesmo os evidentes.

Quem nunca disse, ao quebrar um copo enquanto lavava louça: “ O copo quebrou.” Ao invés de: “Eu quebrei o copo”? Parece que de forma até inconsciente temos a inclinação de tirar de nós até as culpas banais.

Consequências da imaturidade

A imaturidade também leva as pessoas a serem escravas da aparência a todo custo, como a criança que se arruma para passear e espera que todos digam: “Como você está bonita.” Basta ligar a televisão para encontrarmos atrizes idosas que não aceitam a própria idade e jovens cada vez mais doentes em busca de se enquadrarem nos atuais “padrões de beleza”.

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Outra grande marca da imaturidade do nosso tempo é o Hedonismo, que é basicamente o vício pelo prazer máximo, custe o que custar.  “É bem sabido que este é um dos sinais indefectíveis da imaturidade: a criança quer o que é bonito, o que se apresenta como vistoso ou inédito aos seus olhos, o que dá um prazer novo…  E o quer “agora”, não pode esperar… Como o adulto que não pode esperar a compra do carro e recorre a crédito e juros altíssimos, mesmo sabendo que compromete sua tranquilidade por meses e meses” (Dom Rafael Cifuentes – A Maturidade).

Pelo hedonismo, que é uma marca das pessoas do nosso tempo, estamos de certa forma aprisionados a essa busca insaciável pelo prazer em todos os lugares ou situações. Quantos casamentos vemos acabar porque “acabou o amor”? Quando na verdade só acabou a “utilidade” que aquela pessoa tinha pra mim. Assim como uma coisa que quebrou e eu simplesmente enjoei.

Enfim: “Já não se procura ser cada vez mais em profundidade, mas fazer como um proveito pessoal cada vez maior… Já não se procura o que é verdadeiro, mas o que é lucrativo ou dá maiores comodidades. Em consequência, permite-se às atuais técnicas de comunicação manipular as pessoas de uma forma assustadora. A televisão, os vídeos e a internet parecem ser o único alimento intelectual de muitos, transformando-se numa espécie de ‘chupeta para adultos’ que cria dependência, insufla desejos e caprichos… E o homem moderno torna-se um adulto-adolescente, manipulado nas suas ideias e desejos, reclusos nos seus sonhos, perdido no corre-corre de um ativismo sem fim, e fadado irremissivelmente à frustração: a sua pátria são os seus desejos e a sua tessitura anímica, a imaturidade” (Dom Rafael Cifuentes – A Maturidade).

Reflita sobre o seu processo de amadurecimento

Considerando todos esses argumentos precisamos abrir em nossas vidas um autoquestionamento: “Será que eu amadureci?”

Descobrir essa resposta é importante pelos seguintes motivos:

    • Perceber que as pessoas que estão a minha volta não existem para serem usadas;
    • Encontrar o verdadeiro sentido do amor e aprender a me doar;
    • Encontrar motivos para viver que vão além de mim;
  • Descobrir o sentido da minha vida.

Certamente, neste processo será importante buscar fontes seguras que te conduzam a um amadurecimento verdadeiro. Tenha coragem e acredite no bem que autoconhecimento pode te proporcionar.

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Luiz Moreira
Consagrado da Comunidade Pantokrator

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