Celebrar o Santíssimo Nome de Maria, quatro dias após a festa de sua Natividade, não significa celebrar sua origem etimológica, objeto aliás de infindáveis controvérsias. “Miryan“, que no Antigo Testamento aparece pela primeira vez atribuído à irmã de Moisés e Aarão (cf. Ex 15,20), pode significar tanto “senhora” como “estrela do mar”, “mar de amargura”, “muito amável”, “exaltada” etc.; todos esses sentidos, embora possam aplicar-se própria ou alegoricamente a Maria, não nos devem fazer esquecer que foi a pessoa da Virgem Santíssima que dignificou o nome que São Joaquim e Sant’Ana lhe impuseram.
Foi ela que, por sua pureza e seu exemplo de virtudes, tornou digno de reverência este dulcíssimo nome, que tantos pais têm dado às suas filhos em honra daquela que deu ao mundo o Filho de Deus. As próprias rubricas da Liturgia exigem que o sacerdote, ao pronunciá-lo na Missa, incline-se respeitosamente ao nome de Maria, ou antes, à pessoa por ele designado, fazendo-nos recordar um pouco daquela profunda reverência que Salomão, sucessor de Davi, manifestou a Betsabé, rainha de Israel (cf. 1Rs 2,19).
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Ora, Cristo, ao subir aos céus, foi para junto do Pai preparar-nos um lugar, e não há dúvida de que Ele pôs sua Mãe no mais elevado trono, acima de todos os coros angélicos, donde ela, como Rainha assunta em corpo e alma, cuida de seus filhos e intercede sem cessar a nosso favor. Por esta razão, invoquemos hoje com grande confiança o nome santíssimo de Maria, diante do qual treme de horror o inferno inteiro, humilhado em sua soberba, e digamos com o amor e a ternura de filhos: — Bendito seja o nome de Maria, Virgem e Mãe!
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