BULLYING

bullying

Bullying não é frescura, principalmente na infância, quando nossa mente, nosso corpo, estão em construção. Existem diferenças entre brincadeiras sadias e bullying.

Por isso ressalto a importância dos Pais sempre dialogarem com seus filhos quando retornarem da escola, observar com atenção seus comportamentos, se estão calados demais, tristes, ou com raiva, agressivos, e, através de um bom dialogo, começar a investigar o que está por trás dessa alteração de comportamento.

Bullying as vezes começa em casa

Eu sofri bullying na escola e na minha família. Era bem gordo devido à minha má alimentação e genética que possui maior retenção de gordura no abdômen e nos flancos (os famosos pneuzinhos), e meus amigos, primos e tios faziam chacota como “olha lá o gordela”, “Luis duas bundas”, “Gordo não arruma namorada”, “seu lerdo”. Temos temperamentos diferentes uns dos outros, uma personalidade diferente, e isso nos faz agir de diferentes modos diante de uma agressão verbal, chacotas, do bullying. O Bullying é a prática de atos violentos, intencionais e repetidos, contra uma pessoa indefesa, que podem causar danos físicos e psicológicos às vítimas. O termo surgiu a partir do inglês bully, palavra que significa tirano, brigão ou valentão, na tradução para o português. Exemplos de bullying: Seu pobre nojento, sua preta do cabelo duro, seu magrelo fracote e etc.

Maturidade auxilia no processo

Nós, adultos, conseguimos lidar melhor com o bullying, mas nem todos, pois temos sentimentos e cada um reage de uma maneira. E estudar nosso temperamento, entender a forma com que recebemos e entregamos as coisas ao mundo, ajudará muito para a pessoa lidar com este tipo de violência. É importante para todos nós sabermos nossos temperamentos, mas é fundamental o conhecimento dos temperamentos para pais e educadores, é essencial que saibam identificar o impacto que cada coisa tem diante de cada temperamento e como reage a isto. Aproveito para indicar aqui o curso sobre os temperamentos do Padre Paulo Ricardo.

Eu sou melancólico, na hora não mostrava reação diante das chacotas e brincadeiras que ultrapassavam os limites de brincadeira sadia, porém guardava-as no fundo da alma, retraindo e acreditando que era um gordo que nunca namoraria, que seria um ninguém, um lerdo na vida, mas não sou nada disso, as vezes até muito acelerado para fazer e resolver as coisas. Devido ao bullying que sofri em minha infância e que às vezes até hoje sofro, cheguei a um ponto de tanta vergonha de minha barriga, que não tirava minha camiseta  para entrar na piscina, na praia. Quando eu tinha 07 anos, na escola me vinham todas aquelas vozes dos valentões, me vinha uma impotência, aí comecei a brigar para reagir à agressão, comecei a ficar uma criança briguenta na escola, na família, e, então, comecei a cometer bullying também.

Com tudo isso, fui me tornando um jovem isolado, até que comecei as terapias com o psicólogo, a passar com o psiquiatra, não só pelo bullying, mas pelo decorrer dos acontecimentos da vida. E até hoje, magro, é difícil, às vezes, ficar sem camiseta.

Deus nos cura de todas as feridas

Mas Deus é muito maior que todas estas situações, pode e quer nos curar de tudo que nos machucou e feriu. Mas temos que fazer a nossa parte, por isso cuidado com as brincadeiras, brinque sim, claro, mas sem ofender, sem machucar o outro, brinque com quem você tem intimidade, fique atento se a pessoa está confortável com o “nível” das brincadeiras.

Segundo pesquisa realizada em 2018, crianças e adolescentes sofrem bullying todos os dias, mais de 150 milhões de crianças passam por isso pelo mundo todos os dias. Isto é sério, por isso precisamos estar cada vez mais cientes dos danos que estas práticas causam. Temos uma missão de não somente nos conscientizamos, mas de ajudarmos aqueles que passam por isso, levando Deus a estes jovens e adolescentes, fazendo acompanhamento, encaminhando para terapia e psiquiatria, se for o caso. Pois este é o segundo mandamento que Jesus Cristo nos deixou: “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Mc 12,28).

Luís Antônio dos Santos Júnior
Engajado na Comunidade Católica Pantokrator

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